terça-feira, 8 de junho de 2010


Sinto o mundo a finar, e eu aqui presa neste corpo morto que se arrasta, sem nada poder fazer.
Limito-me a deixar o esqueleto cansado caído sobre o sofá, enquanto vejo o Apocalipse acontecer, através da minha janela. Vejo-o passar como se fosse um filme de sábado a tarde que passa na TV ínfimas vezes ... mas este é diferente. Deste filme faz parte a minha vida e a de todos os outros, e este só passa uma vez. Já sinto o final tão perto. Este final começa de dentro para fora, já sinto o meu coração dar as ultimas batidas sem fôlego, sinto as minhas entranhas a gemer e gritar como se alguém as pode-se socorrer... mas já cá não há ninguém para mim. É teu fado, vais morrer ai._O teu esqueleto não se move por mais que queiras e tu vais apodrecendo dentro dele há medida que se esquecem que existes, e que também já foste um ser humano como eles. Foi esta a tua escolha, contra ela não vais lutar, porque se o fizesses só te irias sentir mais culpada dos crimes que a ti própria infringiste.Tudo nesta vida tem um preço, apostas-te alto, cais-te rapido.
Engraçado, por mais promessas que te visse fazer, por mais juras, cais-te sempre nos mesmos erros, agora pagas!Não há nada a fazer. A tua inocência vendeste-a ao demónio, quando foste levada a entregar-lhe o teu corpo, agora vais viver assim. Pagas morrendo!

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