quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

E se eu morresse agora



E se eu morresse agora era feliz.
Mergulhasse na escuridão gelada,
Que me abala-se o coração.
E se eu morresse era feliz.
Necessidade estúpida e do ser humano,
De se apaixonar pelo que é errado.
De cair no absurdo de pensar que se amar vai ser feliz,
Mas não o é.
Que vive a pensar e a pensar, em vez de sentir.
Pensa no que devia ser e não é.
Pensa no que podia dar e não dá.
Não porque não quer ou pode,
Mas sim porque teme.
Teme e pensar,
E os dois nunca se deram bem.
E se eu morresse agora era feliz.
Tudo se ausentaria do meu corpo,
Até o amor.
Não pensava e não amava.
Era feliz.
Mas eu quero amar, sim!
Amar não pode ser só isto.
Também tem um outro lado.
Não descubro mas a culpa é minha,
Porque não penso, e as coisas acontecem e depois de feitas,
Penso e penso.
Que seria de mim se não pensasse?
Era feliz, sim, talvez. Já não sei.
Como seria se não te amasse?
Seria eu, mas sem pensar.
Não haveria dor (coisa da minha cabeça ou então real)
Haveria sorrisos.
Mas eu também sou feliz quando estou contigo,
Também sorriu quando estou contigo, será sincero?
Sim, isto eu sei que sim.
Mas e o resto? Que seria, que seria …
E se morresse agora, ainda acharia que seria feliz?
Sim, talvez, não sei. Não, com certeza que não.
Não estaria contigo, não veria como afinal, até te faço feliz.
Será que faço? Não sei. Gosto de pensar que sim.
Mas sei que seria mais feliz se te desse tudo o que tenho para dar.
Pára!
Não consigo.
Lá estás tu a pensar de novo.
E estas a pensar no que desta vez?
Estou a pensar que afinal até te amo.
E se não fosse isso, o que seria de ti?
Nada.
E o que és tu?
Eu não sou nada.
Sou alguém que persegue cegamente o teu coração,
Na esperança de o fazer mudar.
E para que?
Para me fazeres feliz.
Para me tentares mudar.
Para me fazeres sentir algo.
Pára!
Estas a pensar de novo.
E se morresse agora, era feliz? Não.
Agora que penso nisso….
Penso que não seria feliz
Porque não te poderia sentir.

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